O PDCI, veio num momento em que estávamos revendo nossos conceitos sobre o Reino de Deus e em como poderíamos ser mais eficazes em nosso trabalho no campo missionário.
Com o passar das aulas no treinamento (CDC I) íamos descobrindo que era algo assim que precisávamos para desenvolver melhor as ações nas comunidades.
Logo que terminamos o treinamento, formamos uma pequena equipe e começamos a participar de reuniões na comunidade (Nova Esperança), e passamos a colher informações sobre a comunidade de forma geral; conversamos com o pastor da igreja local que se mostrou disposto a colaborar e abraçar a nova visão; o diretor da escola também se comprometeu a apoiar as ações que iríamos implementar; fizemos contato com a associação de moradores através do presidente, a conversa foi muito franca e esclarecedora sobre esse novo projeto e a visão de como poderíamos desenvolvê-lo juntos. Passadas essas etapas, em uma assembléia local, por unanimidade foi aceito que o projeto poderia começar ser desenvolvido na comunidade.
Aplicamos uma dinâmica para identificar os problemas e as possíveis soluções; um problema teve o maior destaque: a falta de saúde das pessoas da comunidade.
Naquele momento não havia nenhuma pessoa que cuidasse ou orientasse sobre assuntos sobre a saúde na comunidade, pois há mais de 7 anos que não tem nenhum profissional de saúde, nem mesmo um Agente Comunitário de Saúde.
Com isso, lançamos a idéia da criação do projeto “Vigilantes de Saúde”, que consiste num grupo de pessoas da comunidade que recebem treinamento, não só na área da saúde, mas em outras áreas da vida da pessoa, como por exemplo: segurança, meio ambiente, lixo, zoonoses, queimadas, desmatamentos etc.
Estes treinamentos foram realizados por profissionais da área de saúde que, voluntariamente se dedicaram na capacitação dos moradores porque entenderam a seriedade e a importância desse projeto. Parte do treinamento foi eu mesmo que puder ministrar.
No início eram 16 voluntários, porém com o decorrer do curso somente cinco ficaram ate o fim. Hoje estão desempenhando uma função brilhante. Eles estão fazendo a preparação de lâminas para diagnóstico de malária, que é de suma importância na realidade em que vivem; eles verificam a pressão arterial; orientam as pessoas nos bons hábitos de saúde e quando são procurados por uma emergência, eles mesmos buscam meios para resolver o problema, no entanto quando surge uma situação muito grave, eles nos procuram para ajudá-los.
Já tivemos inúmeros casos de malária. Em períodos em que o rio enche, os casos se multiplicam. No período de novembro/09 a dezembro/10 já foram identificados 28 casos de malária, diagnosticados e tratados nessa comunidade, graças a esses voluntários. Estamos trabalhando para capacitar estas pessoas como “Agentes Voluntários” do PDCI, além da criação da “Comissão”, que é o órgão gestor do PDCI.
Logo após a criação da “Comissão”, iremos capacitar mais pessoas como “Vigilantes de Saúde” e conseqüentemente farão parte dos “Agentes Voluntários” do PDCI.
Há ainda outra comunidade, chamada Hiwi que também está sofrendo muito com a malária e estão sem qualquer orientação. Estaremos (junto com “Agentes Voluntários”) pesquisando e realizando visitas nessa nova comunidade para trabalharmos com a metodologia integral PDCI.
Hoje, o pastor da Igreja local, o diretor da escola e o presidente da comunidade estão envolvidos conosco; além de Antônio (líder dos vigilantes), Zequinha, Orlando, Jéssica e Passarinho (Rozinei), que trabalham no projeto “Vigilantes de Saúde”.
Eu, Robson, minha esposa Tanielly e Danielle, estamos envolvidos diretamente com o PDCI em Manaus, na comunidade Nova Esperança e gratos ao Senhor por este programa de desenvolvimento comunitário integral (PDCI) que chegou no Kairós de Deus para nossas vidas e para estas comunidades ribeirinhas.
ü Robson Lopes Magalhães Pinheiro, casado com Tanielly da Costa Soares Pinheiro
carioca, 24 anos, Filho de Acácio Magalhães Pinheiro e Maria José Lopes Pinheiro
missionário em Manaus, estudante de enfermagem no centro Universitário do Norte.
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